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Teoria do Design Inteligente - Ciência ou Religião?

Será a TDI uma religião travestida de Ciência?


Reconhecida como sendo uma teoria revolucionária, a TDI estuda e analisa os dados científicos mais recentes sobre os eventos que deram origem ao Universo e aos seres vivos, e os interpreta à luz da metodologia científica procurando fazer a melhor inferência de sua possível causa.

Para isso, procura padrões de inteligência que possam ser revelados através da complexidade irredutível, da informação e da antevidência, que fornecem as evidências de uma inteligência organizadora. Em seu arcabouço teórico, a TDI reúne também toda uma metodologia e conhecimentos interdisciplinares de estudos dos seres vivos em nível molecular, e através de inferências baseadas em fatos observáveis, propõe uma reinterpretação da causa primeira da vida e do universo.

Uma das principais inferências é que não existem processos naturais não guiados conhecidos que, para a vida, poderiam ter formado seus sistemas de irredutível complexidade, nem a informação semântica, arbitrária e aperiódica que governa a vida, nem as soluções encontradas de antemão, como sugere a evolução darwiniana, e que a ciência assim só conheceria uma causa para tal complexidade, antevidência e informação: mentes inteligentes. Assim, a TDI postula que há evidencias claras hoje em Ciência contra a ação de processos naturais e a favor do Design Inteligente.

A Teoria do Design Inteligente usa métodos científicos?
Sim, pois a TDI é um programa de pesquisa científica, executado por uma comunidade de cientistas, filósofos e estudiosos, que procuram fazer ciência livre e despreconceituosa e assim avaliar frente aos dados as duas causas possíveis para o Universo e a Vida: Forças naturais ou a ação de uma mente inteligente. A TDI assim fazendo, sustenta hoje que as características do Universo e dos seres vivos são contrárias à ação de processos naturais e melhor explicadas por uma causa inteligente.
Em suas pesquisas, a TDI tem aplicado ainda diferentes métodos para detectar – nos dados científicos fartos disponíveis na literatura – evidências da complexidade irredutível das estruturas biológicas, a informação aperiódica, específica e funcional contida, por exemplo, no DNA e a arquitetura física e ajuste fino do Universo que sustenta a vida, além da origem geológica rápida como na diversidade biológica no registro fóssil durante a explosão Cambriana e a ausência de dados nesse registro que comprovem a evolução lenta, gradual e sucessiva darwiniana.

Quando surgiu a TDI?
A ideia da existência de “sinais inteligentes” na vida e no Universo é antiga, filósofos gregos já a discutiam, mas  a “TDI moderna” surgiu nos EUA na década de 1980 e desde então tem ganho adeptos em todo o mundo, possuindo hoje inúmeros acadêmicos, cientistas, profissionais e estudiosos que compactuam com sua visão teórica. Em seus quadros, reúne prestigiados cientistas de todas as áreas, como química, bioquímica, biologia, física, estudiosos de filosofia, ética, teologia, ciências sociais, arqueologia, ou seja, todos as vertentes cientificas.

A TDI se propõe assim a fazer ciência com todo o rigor e a liberdade que ela deve ter, deixando de lado crenças e pressupostos de seus defensores, mas seguindo sempre os dados científicos e as conclusões livres de paradigmas, sem necessariamente se ater a implicações filosóficas ou teológicas que essas conclusões venham a ter.

A TDI é religião disfarçada de Ciência?
A TDI, contrário ao que se “prega” por ai, é Ciência sim, e em sua mais pura essência. Nada de religião, nada de filosofia, nada de pacto com cosmovisões. A TDI joga o jogo pleno da Ciência, que nos manda deixar toda a nossa subjetividade em casa, pois cientista não tem gosto, nem preferências, e a Ciência plena nos manda seguir os dados, onde quer que eles nos levem.

A TDI assim, fazendo boa ciência, e querendo descobrir a verdade, doa a quem doer, avalia as duas causas possíveis para a Vida e o Universo: forças naturais ou ação inteligente. E frente aos inúmeros e detalhados dados que a Ciência moderna tem produzido, a TDI percebe a inviabilidade da primeira hipótese e as fortes evidências que apontam como nunca antes para uma mente inteligente e consciente como a causa primeira de nós todos e de tudo mais que nos rodeia.

Enquanto isso, a ciência atual naturalista, preconceituosa e alicerçada no materialismo filosófico, e que cultua Darwin, portanto limitada e cegada pelo paradigma materialista – que só admite existir matéria energia e espaço nesse Universo – parte do pressuposto equivocado de que foram as forças naturais a causa magna, e assim sem ter outra opção, é forçada a sugerir teorias que fogem da racionalidade que a ciência deveria ter, como nos casos do sumiço da antimatéria, da gravidade formando estrelas, e de dino virando canário.

A TDI vencerá?
A vitória da TDI me parece inevitável. A TDI tem ganho o mundo e sua aceitação como a teoria de nossas origens é questão de tempo, e de pouco tempo; prevejo “a la Kuhn” duas gerações no máximo de novos cientistas. Nada em ciência é melhor do que um dado após o outro, dia após dia. E os dados, uma verdadeira avalanche deles, 

apontam hoje como nunca antes para o DI como de longe a melhor inferência sobre nossas origens.

A academia e os acadêmicos, evidentemente, principalmente os mais seniors, que propagaram com todo o alarde que iriam explicar tudo através da ciência naturalista, através de forças e matéria, tem resistido com “unhas e dentes” em admitir essa nova realidade cientifica que varre o mundo, essa contra-revolução causada pela comprovação do DI. 
Mas novas gerações estão chegando e rapidamente deslocando a velha e desgastada teoria naturalista e assim restabelecendo a percepção inicial do DI, percepção essa original na Ciência, inclusive o seu único fundamento, que era dos pais da Ciência, que em sua imensa maioria eram defensores do DI.

Quem é o Designer?
A ciência é magnífica, sou cientista, sou fã da ciência, e extremamente motivado e feliz por fazer parte de seus quadros. Mas como cientista, militante e racionalista de carteirinha, eu sei que a ciência tem limites, e muitos, e que só entendemos por completo a Vida e o Universo quando acrescentamos à Ciência o conhecimento imenso que nos traz a filosofia e a teologia.

Quem acha que só a ciência traz conhecimento é um ser com pouca sabedoria para perceber os limites da ciência e um ser com conhecimento limitado por esses limites. Os limites da ciência então não nos permitem, como cientistas, descobrir quem seria o designer. Não há como usar a metodologia cientifica com esse objetivo.

Sabemos que a obra foi de uma mente inteligente, sabemos descrever algumas características que essa mente deveria ter, mas quando nos perguntam quem foi, a ciência se cala. Mas eu sei, felizmente, um pouco mais do que a ciência me ensinou, eu sei um pouco de filosofia e teologia, e eu, fora da TDI, seguindo o que a minha filosofia e minha teologia me ensinam, entendo que a melhor inferência para o Designer é sim o Deus bíblico.

É por isso que eu creio que a TDI é tão combatida, porque é a própria ciência e seus métodos e seus princípios que detecta a ação de uma mente inteligente como causa primeira do Universo e a Vida, sem qualquer preconceito ou predefinição, porém não é a Ciência não, mas sim a boa filosofia e a teologia que fazem a descoberta mais importante.


Marcos Eberlin : Químico, pós-doutorado em Espectrometria de Massas. Atualmente é professor titular MS-6 da UNICAMP, onde fundou e coordena o Laboratório ThoMSon de Espectrometria de Massas. É membro da Acadêmia Brasileira de Ciências e comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico. Recebeu prêmios de reconhecimento acadêmico, excelência em publicações, formação de pessoal e medalhista da Thomson da Sociedade Internacional de Espectrometria de Massas. É hoje presidente-executivo da Sociedade Brasileira de Espectrometria de Massas (BrMASS) e da Sociedade Brasileira do Design Inteligente (TDI Brasil), É editor associado do periódico Jounal of Mass Spectrometry (JMS) da Willey. Orientou cerca de 180 mestres, doutores e pós-doutores, que hoje se espalham pelo Brasil e pelo mundo como pesquisadores e profissionais. Seu grupo de pesquisa é um dos mais numerosos do Brasil, com cerca de 50 pesquisadores. Já publicou cerca de 800 artigos científicos e tem perto de 16 mil citações em áreas científicas diversas como a Química, Física, Bioquímica, Biologia, Forense, Farmacêutica, Alimentos, Veterinária, Ciências Médicas e de Materiais.

Cedido gentilmente pelo site Raciocínio Cristão

Baixe: A Revista Design Inteligente

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